sexta-feira, 3 de março de 2017

A contradição dos Direitos das mulheres / Elisa Samudio e a IMPRENSA

No mês das mulheres, a Imprensa dá voz  e idolatra o ex presidiário Bruno Fernandes.

A indignação é geral, pessoas com o mínimo de bom senso compreendem que um assassino que calculou minuciosamente o crime contra a sua ex-namorada e mãe do seu filho, não poderia ou deveria ser solto, pior, estar pleiteando ou pensando em pedir a guarda do filho, ao qual matou e sucumbiu com o corpo da mãe Eliza, ao qual tirou o direito de conhecer os cuidados ou presença materna.
Mas, ainda pior que a Justiça e sua injustiça comum, muito pior que os desenganos de sua cegueira seletiva, mesmo se dizendo isenta da imprensa ou opinião pública, e embora saibamos que as pessoas são machistas, e quem faz “justiça” são pessoas e que tendem a julgar o comportamento e não o crime em si.  Mesmo diante dessa horrível verdade, a imprensa é o pior dos juízes.
Nojenta e influenciadora, e não somente quanto ao julgamento dos tribunais, mas diante da formação do caráter social, da construção coletiva de um pensamento social mesquinho e injusto. Iniciam as suas “justificativas” de forma velada, e usam suas especulações para nos contar a vida como historinhas de contos de fadas, com insinuações sobre a profissão ou ocupação da VÍTIMA. 

O Bruno não é um coitado, ele é um assassino, ele não merece outra chance por ter sido goleiro de um time de futebol. Ele deve ser punido, e servir de exemplo para que outras mulheres não sofram o que sofreu Eliza e sua família.    

A IMPRENÇA esta dando voz a um homem que matou uma mulher pra se livrar de pagar pensão alimentícia, e cumprir com a sua obrigação como pai, diante de uma sociedade que acredita que a mulher deve se prevenir sozinha, e que todas as responsabilidades sobre qualquer situação de relacionamentos cabem a ela.
Logo, ele estará dizendo que sempre quis ser um pai presente, e a vitima que tornou tudo difícil, em pouco tempo ele dirá que a vitima, hoje morta, sem direito a um sepultamento digno ou a um adeus de sua família, é a culpada por sua morte e desaparecimento do próprio corpo.
Sinto medo desta IMPRENÇA marrom e descarada por dar voz a um Escroto! Por divulgar propostas de Clubes, tão nojentos quanto o crime que Bruno e seus comparsas cometeram.  
Muito em breve estarão julgando veemente a vida da vitima, aliás, como já aconteceu antes, e não o crime e seu criminoso, e estarão lamentando “ela ter feito” a vida profissional dele ter sido ser interrompida!
"E que se Deus quiser um clube irá receber ele de braços abertos"
. (só esta faltando esta frase, se é que já não foi dita e divulgada).

No mês das mulheres, a IMPRENÇA mente para nós, diz que nos respeitam e nos oferecem flores, falam sobre nossas curvas e USAM a nossa imagem!

Mas nos nega o direito a vida e a justiça, nos silenciam e dão voz aos assassinos.

IMPRENÇA use a imagem do Bruno nas suas propagandas sobre mulheres, nos tirem de suas empresas desde os cargos de menores salários aos mais bem pagos, excluam as mulheres de seus anúncios e explorações.
Se não respeitam o nosso direito à vida sobreviva sem a nossa mão de obra!
 E nos deixem em PAZ!
Para a IMPRENÇA o direto á vida tem como moeda de troca uns minutinhos de audiência podre.
TVs e demais meios sem escrúpulos de comunicação, se fechem para as mulheres ou nos respeitem, canalhas!




Texto: Grazy Nazario.


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