No mês das mulheres, a Imprensa dá
voz e idolatra o ex presidiário Bruno Fernandes.
A indignação é geral, pessoas com
o mínimo de bom senso compreendem que um assassino que calculou minuciosamente
o crime contra a sua ex-namorada e mãe do seu filho, não poderia ou deveria ser
solto, pior, estar pleiteando ou pensando em pedir a guarda do filho, ao qual
matou e sucumbiu com o corpo da mãe Eliza, ao qual tirou o direito de conhecer
os cuidados ou presença materna.
Mas, ainda pior que a Justiça e
sua injustiça comum, muito pior que os desenganos de sua cegueira seletiva, mesmo se dizendo isenta da imprensa ou opinião pública, e embora
saibamos que as pessoas são machistas, e quem faz “justiça” são pessoas e que tendem
a julgar o comportamento e não o crime em si. Mesmo diante dessa horrível verdade, a
imprensa é o pior dos juízes.
Nojenta e influenciadora, e não somente
quanto ao julgamento dos tribunais, mas diante da formação do caráter social,
da construção coletiva de um pensamento social mesquinho e injusto. Iniciam as
suas “justificativas” de forma velada, e usam suas especulações para nos contar
a vida como historinhas de contos de fadas, com insinuações sobre a profissão
ou ocupação da VÍTIMA.
O Bruno não é um coitado, ele é um assassino, ele não
merece outra chance por ter sido goleiro de um time de futebol. Ele deve ser
punido, e servir de exemplo para que outras mulheres não sofram o que sofreu
Eliza e sua família.
A IMPRENÇA esta dando voz a um
homem que matou uma mulher pra se livrar de pagar pensão alimentícia, e cumprir
com a sua obrigação como pai, diante de uma sociedade que acredita que a mulher
deve se prevenir sozinha, e que todas as responsabilidades sobre qualquer
situação de relacionamentos cabem a ela.
Logo, ele estará dizendo que
sempre quis ser um pai presente, e a vitima que tornou tudo difícil, em pouco
tempo ele dirá que a vitima, hoje morta, sem direito a um sepultamento digno ou
a um adeus de sua família, é a culpada por sua morte e desaparecimento do próprio
corpo.
Sinto medo desta IMPRENÇA
marrom e descarada por dar voz a um Escroto! Por divulgar propostas de Clubes,
tão nojentos quanto o crime que Bruno e seus comparsas cometeram.
Muito em breve estarão julgando veemente a
vida da vitima, aliás, como já aconteceu antes, e não o crime e seu criminoso, e estarão lamentando “ela ter feito” a vida profissional
dele ter sido ser interrompida!
"E que se Deus quiser
um clube irá receber ele de braços abertos"
. (só esta faltando esta frase, se é
que já não foi dita e divulgada).
No mês das mulheres, a IMPRENÇA mente para nós, diz que nos respeitam
e nos oferecem flores, falam sobre nossas curvas e USAM a nossa imagem!
Mas nos nega o direito a vida e a justiça, nos silenciam e dão voz aos
assassinos.
IMPRENÇA
use a imagem do Bruno nas suas propagandas sobre mulheres, nos tirem de suas empresas desde
os cargos de menores salários aos mais bem pagos, excluam as mulheres de seus anúncios
e explorações.
Se não respeitam o
nosso direito à vida sobreviva sem a nossa mão de obra!
E nos deixem em PAZ!
Para a IMPRENÇA o
direto á vida tem como moeda de troca uns minutinhos de audiência podre.
TVs e demais meios
sem escrúpulos de comunicação, se fechem para as mulheres ou nos respeitem, canalhas!
Texto: Grazy Nazario.
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