Nada está definido, costumes, comportamentos, regime econômico, cultura, entre outros são coisas orgânicas, que se modificam de acordo com os acontecimentos de cada época. Algumas catástrofes causaram grandes mudanças sociais, ou ao menos as iniciaram. Vivemos atualmente uma fase de “novos tempos”, nos vemos obrigados a mudar hábitos por uma questão de conservação da vida. Adaptações precisam ser feitas imediatamente, enquanto se experimenta é avaliado o melhor jeito de fazer o novo.
Apesar da Covid 19 ser mais ameaçadora aos idosos, jovens e crianças também sofrem as consequências da odiada pandemia, e não poderia ser diferente, um vírus tão poderoso e avassalador, ainda sem tratamento certo ou vacina mexe em toda estrutura social, está tudo “aguardando” indicações de novos passos, mas no momento o medo permanece.
As crianças estão em casa sem as aulas convencionais, e sem a rotineira ida às escolas tudo fica mais difícil, não apenas pela falta de regras com alimentação, aprendizado ou socialização presentes na escola, mas também pela representatividade que existe no campus escolar. A escola e os espaços de aprendizagens são campos de pesquisas, crescimento pessoal e profissional dos estudantes, é a partir do conhecimento que nos projetamos para a vida. Isso sem falar na representatividade do educador diante do aluno. Pensar neste estímulo longe daquilo que já conhecemos está entre os desafios dos dias atuais.
Reflexões nos levam a revalidar algumas situações e serviços que fundamentam os valores de uma sociedade, como o papel da educação, a ciência, o respeito ao próximo apenas por se tratar de um ser humano, além de todo o ambiente que nos garante suporte em vida terrena. Reconhecer e cuidar dos nossos espaços, se alimentar de conhecimento quanto á tudo o que nos cerca é importante para que seja possível cuidar do que somos e daquilo que temos. O conhecimento é uma janela para o mundo.
A rotina de todos caminha para mais mudanças, sem contar a preocupação com a economia e o futuro da sociedade, tudo o que conhecemos está incerto. Repensamos novos modos de trabalhar e sobreviver, não é possível prever o futuro, mas é necessário saber o que fazer hoje. A insegurança é um dos grandes incômodos deste momento, assim como a insônia coletiva. O planeta não dorme!
Os novos hábitos estão relacionados a tudo, o mundo atualmente é visto por um novo ponto de vista, cuidados exclusivos com a saúde, valorar a vida e identificar o que realmente importa. O “aprender” de varias formas ganha um novo fôlego, sobreviver e continuar a seguir.
Diante desta nova realidade não se desespere, respire e perceba a melhor forma de se reinventar, a vida continua a acontecer, muda-se os hábitos, mas se continua a vida. Mudamos hábitos, mas fazer atividades possíveis, reflexões e planos faz parte do viver.
Pode ser que se passem alguns meses e tudo volte a ser como antes, o antigo “normal”. Também pode ser que as pessoas fiquem mais sensíveis, e mude a percepção do mundo e diante daquilo que podemos nos tornar. Algumas sensações devem surgir, do tipo que ainda não identificamos com palavras e expressões linguísticas. Pode ser até que o modelo econômico valorize outras coisas além do acúmulo de capital, podem ser muitas coisas...
O importante é estar consciente de que o "mundo" em si não movimenta nada, ele é apenas o lugar em que vivemos, o que faz acontecer tudo são as pessoas, cada um de nós. Então se deseja alguma mudança comece por você! Se todos assim o fizer, muito mudará.
Para o momento podemos apenas cuidar uns dos outros, refletir, se manter calmo e lúcido. Fazer leituras, conversar com quem é possível e de forma segura. Viver o hoje. Isso terá fim, e que seja possível tornar melhor o mundo daqueles que permanecerem após a pandemia de 2020.
Texto: Grazy Nazario.
Nenhum comentário:
Postar um comentário