sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O Metrô é publico, mas o meu Corpo não!


No inicio mês de agosto o governador de São Paulo bateu o martelo contra uma decisão que com certeza o deixou numa sinuca de bico! Foi vetada a lei que deveria colocar em funcionamento no metro da capital o “vagão rosa”, destinado apenas as mulheres, com a promessa de acabar com os assédios cada vez mais comuns nos transportes coletivos.
As opiniões se dividiram entre os que apoiavam a ideia, e os que eram totalmente contra. Por um lado algumas mulheres afirmam que se sentiriam seguras tanto em momentos de “luta” corporal por lugares, e diante do assedio sexual, principal motivo para a idealização do projeto.  As mulheres reclamam, e com razão. Em geral se sentem expostas por esta clara demonstração de machismo, sim, o homem muitas vezes se sente como o “machão” que pode fazer tudo o que tem vontade, mas isto é crime! E precisa ser mudado, por bem ou por mal.
O problema é que as conhecidas “enconxadas”, que na verdade não é novidade nenhuma na vida das mulheres, não é algo tão simples assim de se extinguir, mesmo por que, esta seria uma punição as mulheres. Isto mesmo! Após tantos anos e direitos conquistados seriamos obrigadas a nos dividir como se fossemos erradas por não aceitar a palhaçada desses criminosos! Sem contar que a população feminina de São Paulo é gigantesca, e aí haja vagão rosa!
A lei não foi aprovada, o vagão rosa não vai rolar em São Paulo, o que seria uma solução momentânea poderia se transformar em um regresso social a médio prazo, em que se divide e prende as vitimas, ao invés de ensinar e credibilizar o que é correto por parte de todos.
A solução esta muito além de uma segregação ou guerra dos sexos, esta em não subdividir as mulheres a ponto de enxergar a sua figura como objeto unicamente para fins de satisfação sexual, ou qualquer meio para atender as suas necessidades.
A mulher tem voz, e as suas vontades devem ser ouvidas e respeitadas, e isto precisa ser entendido primeiramente por ela mesmo, também para o homens e principalmente repassada para jovens e crianças, apenas assim  mudanças reais acontecerão a médio e longo prazo. E enquanto isso não acontece, punição e barulho para quem ainda não entendeu que corpo da mulher é dela, e não esta a disposição se ela não disser que sim!


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