No
inicio mês de agosto o governador de São Paulo bateu o martelo contra uma
decisão que com certeza o deixou numa sinuca de bico! Foi vetada a lei que
deveria colocar em funcionamento no metro da capital o “vagão rosa”, destinado
apenas as mulheres, com a promessa de acabar com os assédios cada vez mais
comuns nos transportes coletivos.
As
opiniões se dividiram entre os que apoiavam a ideia, e os que eram totalmente
contra. Por um lado algumas mulheres afirmam que se sentiriam seguras tanto em
momentos de “luta” corporal por lugares, e diante do assedio sexual, principal
motivo para a idealização do projeto. As
mulheres reclamam, e com razão. Em geral se sentem expostas por esta clara
demonstração de machismo, sim, o homem muitas vezes se sente como o “machão”
que pode fazer tudo o que tem vontade, mas isto é crime! E precisa ser mudado, por
bem ou por mal.
O
problema é que as conhecidas “enconxadas”, que na verdade não é novidade
nenhuma na vida das mulheres, não é algo tão simples assim de se extinguir,
mesmo por que, esta seria uma punição as mulheres. Isto mesmo! Após tantos anos
e direitos conquistados seriamos obrigadas a nos dividir como se fossemos
erradas por não aceitar a palhaçada desses criminosos! Sem contar que a
população feminina de São Paulo é gigantesca, e aí haja vagão rosa!
A
lei não foi aprovada, o vagão rosa não vai rolar em São Paulo, o que seria uma
solução momentânea poderia se transformar em um regresso social a médio prazo,
em que se divide e prende as vitimas, ao invés de ensinar e credibilizar o que
é correto por parte de todos.
A
solução esta muito além de uma segregação ou guerra dos sexos, esta em não
subdividir as mulheres a ponto de enxergar a sua figura como objeto unicamente
para fins de satisfação sexual, ou qualquer meio para atender as suas necessidades.
A
mulher tem voz, e as suas vontades devem ser ouvidas e respeitadas, e isto
precisa ser entendido primeiramente por ela mesmo, também para o homens e principalmente
repassada para jovens e crianças, apenas assim
mudanças reais acontecerão a médio e longo prazo. E enquanto isso não
acontece, punição e barulho para quem ainda não entendeu que corpo da mulher é
dela, e não esta a disposição se ela não disser que sim!
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