sábado, 20 de agosto de 2016

Brincadeira de internet ou verdade disfarçada?

O meme que circula na internet, a camiseta do Brasil com nomes de atletas riscados e substituídos também pode estampar mais que nomes de ídolos. Acompanhando uma inocente brincadeira dos criativos da web, a “brincadeira” tem muito a dizer sobre a cultura nacional da torcida brasileira.

A imagem fala por si, não é um texto imenso que dirá como os brasileiros(a) se comportam diante das derrotas e como lhe faltam patriotismo ou senso de colaboração e apoio.

É comum atletas como a jogadora Marta serem lembradas apenas em grandes competições como as olimpíadas, em outras ocasiões ela praticamente não existe, ela ou qualquer competidor de outro esporte que não seja futebol. No caso de Marta, não se sabe sequer o time em que ela joga, mesmo sendo o esporte mais popular do Brasil, quando falamos do feminino é outra realidade. Marta, diferente do conhecido Neymar, não tem o nome associado a grandes marcas que geram publicidade e lucro em demasiado, ela é só uma personalidade momentânea, que se destaca quando o time esta ganhando tudo, ou quando junto as vitórias femininas o desempenho masculino esta ruim, o que torna o cenário ainda pior.

Mas até que ponto o ídolo existe realmente, quem ou o que o torna “alguém”?

As regras são ditas por aqueles que controlam os meios esportistas e o marketing que o torna gigante, muitas vezes até maior do que realmente é. Claro que o esporte merece grande espaço, explorar o corpo e conhecer os seus limites em forma de competição é realmente extasiante, mas isso deveria ser em relação ao esporte, e não apenas a um deles.

  Explicar a vontade do menino de fazer a primeira modificação da camiseta poderia ser dito difícil, já que em relação a Neymar, Marta era praticamente desconhecida (a julgar a idade do garoto), creio que o menino realmente gostou de conhecer a seleção feminina e aprovou o seu futebol.

 Quanto a goleira Barbara então nem se fala, nada de muitos títulos como a melhor jogadora do mundo, Barbara pegou dois pênaltis numa eliminatória das olimpíadas do Rio 2016, e já foi  o bastante para estampar a camisa (modificada como meme da internet).

Mas ainda podemos nos surpreender, a criatividade não para, e mesmo sem perceber ilustram ao mundo como o esporte é tratado no Brasil.

 O “cara da vara” é o homenageado da vez, isso mesmo. Não importa o seu nome, é só alguém  de um esporte “não popular”, que sabe-se lá como começou, desde quando esta na batalha e como vive ou sobrevive em sua carreira, mas ganhou o ouro. Teve o seu momento de brilhantismo e deixou o brasileiro “feliz”, já que é esta felicidade que os consola.

Lembrei-me de um desenho antigo, aquele dos personagens da corrida maluca, em que o cachorro Mutley pede Medalha, medalha e medalha!!!

 É só o que importa no momento, e depois também será esquecido, como acontece com todos os atletas, como acontece com a maioria das coisas.

Talvez o prazer do brasileiro seja reclamar, e ter alguém para apontar e dizer algo ruim. Os ídolos são construídos e destruídos pelo mesmo meio midiático que enaltece aquilo que devemos acreditar, mas na verdade querem e precisam nos distrair, existe muito mais a se preocupar, e com certeza não é a felicidade das pessoas o que mais lhes importa.

Neste momento enxergo um patriotismo superficial, quase imoral, aquele que só faz Pátria Amada quando vencedora, assim será mãe gentil dos filhos desse solo.

Quanto a Marta, ela esta no esporte desde menina, e sim, jogava contra os meninos e sempre se destacou entre eles. Foi para alguns times fora do Brasil, e por cinco vezes escolhida a melhor jogadora do mundo. Atualmente ela joga FC Rosengard da Suécia.  Seja derrotada ou vencedora em seu grupo, a mulher é fera!


Barbara joga apenas pela seleção brasileira (imagine a dificuldade em manter o ritmo para competições deste porte), nos presenteou com grande companheirismo com as colegas de time, e se mostrou uma profissional admirável. Thiago Braz, o cara da vara, quebra um jejum de medalhas no esporte de salto com varas de 8 anos, já que a última vitória foi com Maurren Maggi em Pequim, 2008. Ele tem 22 anos e se tornou o dono do novo recorde olímpico na modalidade esportiva. 


Vamos Brasil, mostra a tua cara! Com garra e mais que memes na intentet, embora seja divertido, temos que ser mais que uma piada!


Texto por: Grazy Nazario.

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