O
reflexo das batalhas femininas ao longo da história aos poucos toma forma e
ilustra de maneira clara a cada dia a conquista de um espaço, que antes jamais fora
permitido. No entanto a problemática envolvendo estas questões são milhares, e
transitam desde o descobrimento da mulher como protagonista da própria vida, transformações
sociais de gêneros, questões culturais, socioeconômicas, entre outras, além do
perceber-masculino diante de uma realidade absolutamente desconhecida. Está
tudo muito louco, mas nunca o cenário foi tão favorável às mudanças, e o
caminho tão certo.
Neste
dia internacional da mulher ainda temos grandes índices de violência contra as
mulheres, e o pior, os números não baixam! Sem contar os casos de descumprimento
de responsabilidades paternas, discursos de intolerância contra os novos
gêneros identificados e assumidos de forma aberta, e ainda questões como
aborto, feminicídio e sexualidade, ao qual não se abrem debates, simplesmente
se fecham, e nos fecham para as possíveis discursões, como se não fossemos
capazes de entender ou decidir o que é melhor para nós. Em pleno século XXI a
mulher contemporânea é vitima de sua colocação social, daquilo que escolheram para
ela ser, e que ela aceitou como sendo a sua única alternativa.
As
questões de comportamento ainda são o ponto chave da maioria das situações
divergentes entre homens e mulheres, até mesmo dentro dos grupos. Todos estão em
atritos, são opiniões geradas a partir de milhares de anos, são condutas
fixadas culturalmente, a partir de fundamentos diversos e de varias natureza, e
ainda é preciso considerar que cada pessoa sente a vida a seu modo, e muitas
vezes a discordância enriquece o debate, o importante é ter foco, é entender
que o principal é a igualdade de direitos, e não a submissão.
Diante
de um quadro confuso e absolutamente novo, homens e mulheres sentem
dificuldades em entender o que devem fazer para passar por esta fase, e evoluir
a partir dela, ou pior, administrar a duvida em como direcionar o seu
posicionamento. Além disso, existem aqueles que negam a realidade, se comportam
como se as mudanças não acontecessem, não leem, estudam, ou simplesmente
ignoram tudo! Desejam criar filhos e manter opiniões que meramente não cabem, é
como tentar encaixar um quadrado em uma abertura circular, é apenas impossível.
As
mudanças acontecerão, ora mais lenta, ora mais rápida, e todos serão remexidos
de sua zona de conforto, para descobrir o novo, é preciso negar o velho,
deixar aquilo que acreditamos durante toda a nossa vida e se abrir as mudanças,
isto é difícil, e leva tempo, porém é possível.
Quanto à duvidas recorrentes, é
simples, entender as vontades femininas, é mais que básico. A mulher não é uma
extensão de nada, nem de ninguém, mas um ser individual e único, que se mantem
e se basta, cada uma a seu modo espalha a sua essência. Querem ser cuidadas sim,
mas entenda, ela sabe se cuidar, e exige respeito quando quiser uma coisa ou
outra, isto é essencial para a sua felicidade e independência como ser humano.
A mulher não precisa ser heroína
por carregar as grandes responsabilidades da humanidade, cada qual com a sua
parte, por favor! Ninguém quer ser considerada “Super” por se anular, não
compreender o próprio valor, ou não se considerar o bastante para fazer as
próprias escolhas. As responsabilidades devem ser divididas de acordo com seu
tempo, as suas qualificações e disponibilidade, e jamais por seu gênero.
A
cada dia a mulher se descobre mais, deseja ser parte integra, e integrada na
sociedade, mesmo enfrentando as dificuldades, aprendemos a ser fortes, e não é
por que alguns têm preguiça de consertar o mundo, que vamos aceitar de qualquer
jeito.
Por: Grazy Nazario.

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